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Os melhores do Oscar 2011 - parte 2

domingo, 27 de fevereiro de 2011


Toy Story 3 (Toy Story 3, 2010)
Woody - o boneco faroeste com voz de Tom Hanks -, Buzz - o patrulheiro do espaço - e o resto da turma de brinquedos estão em apuros quando o dono deles, Andy, vai para a faculdade e abandona-os. Os brinquedos são doados para uma creche que mais parece um campo de tortura para eles, com crianças bagunceiras que não sabem "brincar". Lá, encontram uma equipe de brinquedos que transforma a creche num campo de guerra. Passam por aventuras incríveis, situações cômicas e grandes dilemas sentimentais. É um filme sobre amadurecimento emocionante, antes de ser apenas uma animação e rotulado como "para crianças".

A turma reunida chegando na Creche Sunnyside. Leia-se: "Creche Guantânamo".

A Origem (Inception, 2010)
Sobre um cara que é "especialista em invadir a mente das pessoas e, com isso, rouba segredos do subconsciente, especialmente durante o sono, quando a mente está mais vulnerável." E mais: ele é fugitivo e peça fundamental no traiçoeiro mundo da espionagem industrial. Sonho dentro de sonho, manipulação de sonho que interfere na vida real. O negócio é complexo. Quer saber? Se não fosse pelos efeitos visuais esplêndidos, essa história de ultra-ficção não seria lá esse balaio todo. A não ser que você curta uma viagem extrema dessas. E tem gente que tá comparando este filme com Matrix, dizendo ser melhor. Pois é, gosto é gosto.

M.C. Escher aplaudiria de pé esses efeitos visuais.

Inverno da Alma (Winter's Bone, 2010)
Uma garota da zona rural dos EUA, Ree Dolly, de 17 anos, fica responsável por sustentar uma família com uma mãe enlouquecida e dois irmãos mais novos, enquanto o paradeiro do seu pai é desconhecido. O pai de 
Dolly é foragido e trabalha para uma perigosa quadrilha de venda de drogas. Sem ter como sustentar a família e sabendo que pode perder a casa, Dolly tenta reencontrar o pai, vivo ou morto. Para isso, coloca sua vida em risco em uma busca incessante. Um filme realmente frio, de gelar a alma em certas cenas.
Uma garota em busca de seu Oscar.

Bravura Indômita (True Grit, 2010)
Uma menina chamada Mattie Ross quer vingar a morte de seu pai, na típica resolução de contas no Velho Oeste. Para conseguir isso, a inteligente jovem contrata o bruto xerife "Rooster" Cogburn, sujeito de bravura indômita, para caçar e capturar o assassino, acompanhando-o nesta jornada para garantir que a morte do seu pai foi vingada. A princípio não concordando com a companhia da garota, a caminhada faroeste segue repleta de percalços e cresce aí uma amizade antes improvável. Um filme típico de acerto de contas no estilo bang-bang, com sangue e heroísmo.

Antes de atirar, puxe o gatilho, menina de trancinha.

127 Horas (127 Hours, 2010)
Cinebiografia do aventureiro e alpínista Aron Ralston, que ficou preso por cinco dias (!) numa fenda do Canyon em Utah. Por ser uma história verídica em que todo mundo já sabe o final, vale mais por acompanhar a angústica e dor do bem dizer único personagem desse filme. Sem ninguém para ajudá-lo e com uma pedra imobilizando seu braço direito, Aron inicialmente luta em vão para sair de lá. Seu passatempo era as intempéries, pensamentos desconexos, uma câmera digital, filmadora e relógio. Com pouca água e alimento escasso, em poucos dias a situação piora, quando não há mais outra alternativa senão amputar o próprio braço e sair dali para buscar ajuda. A cena em que ele mutila o braço é agonizante. Quebra os ossos do próprio braço e, com apenas um canivete made in China, decepa-o, carne e nervos. Quando sai de lá, mutilado, é amparado por trilhistas e hoje é conhecido no mundo todo. Destaque para atuação de James Franco.

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