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Os melhores em 2010

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010


Fim de ano. Listinha de coisas legais vistas por mim durante esse findo 2010. Que venha o próspero ano.

Melhor documetário do ano sobre um grande ídolo - Senna
Melhor trilogia que nunca tinha assistido - O Poderoso Chefão
Melhor filme P&B clássico - Psicose
Melhor seriado - Friends
Melhor livro biográfico - Padre Cícero - Poder, Fé e Guerra no Sertão
Melhor livro de poesia de sempre - Carlos Drummond - Nova Reunião
Melhor livro de ficção - O Símbolo Perdido
Melhor livro que nunca vou terminar de acompanhar antes de morrer - 1001 Filmes Para Assistir Antes de Morrer
Melhor cd do ano que escutei mas que não comprei - Nando Reis - Bailão do Ruivão (o show dele no Crato nesse ano também foi especial)
Melhor discografia escutada - Paralamas do Sucesso
Melhor show que ainda não fui mas que estou ansioso para ir - Red Hot Chili Peppers
Melhor vício de passatempo de fim de ano - filmes sobre os Beatles
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Nowhere Boy - O Garoto de Liverpool

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010



Era para estrear hoje, em todo o Brasil, um filme do ano passado que eu estava ansioso para conferir: Nowhere boy - O Garoto de Liverpool. Mas esperar por lançamento de filmes desse naipe aqui no Ceará é tarefa das mais pacientes, já que ainda não chegou por aqui. Tive que me contentar em baixá-lo pela internet. Nessas horas, a pirataria ajuda, já que os meios legais não permitem.

Reclames à parte, o filme é sobre a juventude de John Lennon. Já tinha lido na revista Bizz especial sobre os 70 anos de nascimento de Lennon sobre sua biografia. Pensei: daria um grande filme. E folheando as páginas, descobri a existência dele. Não tinha ideia do quanto a infância e adolescência de John fosse conturbada. Seu pai o abandonou, não sabia do paradeiro da mãe, e foi morar com a tia desde pequeno. Transformou-se num adolescente rebelde, daqueles brigões, que metiam medo nos colegas. Fumava, bebia e se dava bem com as garotas, além de cometer seus devaneios vândalos em Liverpool. Até que Lennon se fez uma pergunta típica da juventude da época: "Por que Deus não me fez um Elvis Presley?". A resposta a gente já sabe: "Deus nos fez John Lennon". Mas aqui eu abro um parêntese: na década de 1950, os adolescentes queriam ser Elvis. Na década de 1960, queriam ser John. Pasmem: hoje em dia, tem adolescente que quer ser integrante do NxZero. É o fim dos tempos.

A decisão de John montar uma banda de rock n'roll, aprender a tocar violão e compor é mostrada ao mesmo tempo em que acontece o drama ao descobrir o paradeiro de sua mãe biológica. A história é desenvolvida aí, com John redescobrindo a mãe, vivendo as maravilhas do reencontro e revivendo as mágoas do passado de abandono. A formação da banda Quarrymen, embrião do futuro Beatles, mostra como John conheceu um talentoso garoto de quinze anos chamado Paul McCartney. Tonam-se amigos e o resultado da história dessa amizade produtiva todo o mundo conhece bem. Mas para quem espera escutar o nome "Beatles" no filme, melhor não se empolgar. A história acaba quando a banda vai para uma temporada em Hamburgo, Alemanha. Nos pubs de lá, descobrem a mistura sexo, drogas e rock n'roll, aprimoram suas performances e... bem, viram os Beatles!

Os Quarrymen em ação. Os moleques que se tornariam os Beatles.
Quem diria que aquele garoto vândalo de Liverpool viria a compor Imagine e pregaria a paz no planeta.

PS: O título desse filme no Brasil é uma lambança. No original, Nowhere Boy ("Garoto de Lugar Nenhum"), remete àquela conhecida música Nowhere Man, não tendo nada a ver com "Garoto de Liverpool". Esse pessoal que muda o nome dos filmes é criativo...
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Icasa em 2010

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010



Esse ano superou as expectativas para o Icasa. O Verdão do Cariri deu a volta por cima depois de um 2009 de extremos: de um lado, rebaixamento para série B do Campeonato Cearense, do outro, acesso à série B do Brasileirão. Vale lembrar que o Icasa foi o único representante cearense no Campeonato Brasileiro da série B, depois de mais de uma década de ausência. E representou bem, carimbando o passaporte para 2011.

Já não bastasse isso, o Romeirão, palco das mais incríveis partidas do Verdão, teve uma reforma considerável e também ganhou um placar eletrônico. Já era hora. Em 2011, especula-se ampliação do estádio e novos investimentos. Pena que não vai ser palco de algum jogo da Copa em 2014. - A proposito, comentário idiota esse meu.

O que deixa qualquer torcedor indignado é a receptividade da impressa sulista para com times cearenses. O próprio time do Ceará, que está na elite do futebol brasileiro e teve uma campanha memorável na série A do Brasileirão, segurando o segundo lugar por um bom tempo antes da Copa, foi alvo de preconceitos. Se o Ceará ganhava de qualquer outro time do Brasileirão, era zebra ou azar para o adversário. Com o Icasa foi parecido, senão pior. Quase ninguém no Brasil afora conhecia esse time do interior cearense. Mas no ano passado já mostrávamos para o que viemos quando derrotamos o Paysandu por 6 a 1 e subimos para a série B.

Era de impressionar as reportagens que referia o Icasa como forte candidato a rebaixamento. A revista Placar, conceituada no meio futebolístico, assim palpitou para o Verdão: "Rumo à Terceirona" e completou com termos como "questão de fé", "ajuda dos céus", "atletas inexperientes" e, claro, como não podia deixar de mencionar, "com fé em Padre Cícero, o time da cidade de Juazeiro do Norte, roga para permanecer na Segundona". Para a Placar, fica o recado: sim, vocês quebraram a cara!

Mas não é só a Placar que reduz os times do interior. No bem reputado globoesporte.com, cometeram um erro grotesco, que resolvi escancar aqui:

Dizer que o Icasa é um time "sem ambições", tudo bem... Mas dizer que é da cidade de Fortaleza, aí já é demais.

Mostramos bom futebol, bons jogadores e boa comissão técnica. Não é a tôa que no final do Brasileirão boa parte do time já estava em negociação para fazerem novos contratos fora. O Icasa, sabe-se, a cada ano revela jogadores. É uma vitrine de novos atletas. Pena que sempre são vendidos para dar retorno financeiro. Vamos ver se no proximo ano mantemos o nível do elenco e, quiçá, leve o título de Campeão Cearense. Não seria nada mal, depois de amargos vice-campeonatos. E seria um presente para a cidade de Juazeiro do Norte, no ano em que completa seu centenário.

E assim acabou o Brasileirão, o Verdão do Cariri garantiu sua permanência ficando em 12°. Enfim, o Icasa ganhou muito mais "em casa".
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