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Muro de Berlim, 20 anos da queda

quinta-feira, 12 de novembro de 2009


Triunfo do capitalismo global: hoje picham o muro com garrafa de Coca-Cola na mão.

Muro de Berlim, após 20 anos da queda. E há dois anos antes da queda, eu já era mais um tijolo no muro. Os muros são mais simbólicos do que concreto, literalmente. Não falo só do muro alemão. Muro divide. Muro pra quê? Pra esconder o que você faz trancado no quarto e pra encobrir tudo o mais que se passa privadamente. Tenho certeza que a única coisa legal que restou do muro, além da reunificação e do reencontro, é a produção artística. Pinturas no muro, um show memorável do Pink Floyd e atos de vandalismo pra derrubar o muro - nessa caso, considero o vandalismo como uma arte apreciável (parafraseando o saudoso K. Cobain) -.

Líderes comunistas num beijo embalado pelo desgoverno de um carro ou de seu próprio governo.

"- Olhem ali do outro lado do muro! Os papões comunistas comedores de criancinhas!"
E se você ver essa arte de olhos quase fechados, forçando a vista?

Um guarda com seu sorriso amarelo olhando para uma criança se esforçando para alcançar um buquê oferecido pelo outro lado do muro... puts! impressionante.

Sempre seremos mais outro tijolo no muro. O que resta saber é: qual tijolo somos?